El Comercio: Entrevista com Bruce Dickinson

O vocalista Bruce Dickinson, falou com exclusividade ao site de notícias peruano El Comercio, sobre a nova visita do Iron Maiden à capital Lima e o poder musical do Heavy Metal que segundo a matéria, está longe de morrer, como alguns previram incautos durante os anos noventa, o metal parece ter recuperado não só sua energia, mas também expandiu seu reino inoxidável de sons.

"É um tipo de música que tem crescido e mudado, e agora se tornou mais popular, com toda uma nova geração de músicos fazendo coisas. É emocionante a forma como ele evoluiu, e que haja vários estilos e influências. Na década de oitenta estava restrito a bandas como Iron Maiden e bandas "Pop Metal" como o Bon Jovi. Agora há mais opções." Comenta Bruce Dickinson.

O Iron Maiden é uma banda que ao longo de 30 anos, tem levado sua música aos quatro cantos do planeta e conseguido não só a adesão dos antigos fãs, mas de toda uma nova safra de seguidores. De todos os lugares que a "Donzela de Ferro" tem visitado, Bruce apresenta algumas diferenças: "Nos EUA às vezes pode ser um pouco estranho. Os canadenses, que estão a poucas milhas deles têm uma percepção diferente da música, culturalmente. Na fronteira sul do México, também há outra maneira de entender a música", reflete Dickinson.

Prefere algum público em especial?
Bruce pensa em voz alta: "Nós nos sentimos extremamente confortáveis na América Latina, e mesmo na Europa e no Canadá, incluindo os países asiáticos. Temos muitos fãs nos EUA, mas acho que a cultura os leva a querer mudar a cada cinco minutos."

Gostaram de Lima?
Absolutamente. Um lugar fantástico. Fomos com a idéia de voltar. Na verdade, o Peru foi um dos pontos altos da nossa viagem anterior, de modo que voltar será muito bom para nós, principalmente agora com um novo álbum.

A primeira vez do Iron Maiden no Peru foi fantástica, mesmo sem fogos de artifício [por problemas com a alfândega]. Será que vamos ver fogos de artifício desta vez?
Não, agora estamos fazendo o show de um modo que não precisamos de pirotecnia, justamente porque em alguns lugares é difícil obter a permissão de uso.

Falando do mais recente álbum, poderíamos dizer que "The Final Frontier" se coloca no mesmo patamar dos melhores álbuns do Iron Maiden?
Ficamos orgulhosos de cada novo álbum que fazemos, acho que "The Final Frontier" é um disco difícil, mas pode sim ser comparado com os clássicos. Conseguir 29 números um e 15 álbuns têm sido surpreendente!

Como tem sido a resposta dos fãs para as novas canções tocadas ao vivo?
Até agora, tocamos apenas uma, "El Dorado". E funcionou de maneira fantástica todas as noites. É como se tivéssemos tocado por anos.

Você vai pilotar o Ed Force One na viagem à América do Sul no próximo ano?
Eu vou sim, mas não em todos os voos, porque nós temos algumas regras na companhia e uma delas é que você não pode pilotar depois do trabalho. E quando estou no palco, conta como trabalho.

De qualquer maneira, eu queria saber como você se sente cada vez que pilota um avião...
Bem, eu faço a trabalho sempre que não estou com a banda. É sempre emocionante pilotar um avião, mas é sério, como você pode imaginar [risos] ...

Quem te influenciou como vocalista?
Vejamos, quando estava crescendo, Ian Gillan (Deep Purple); Arthur Brown; Peter Hammill, do Van der Graaf Generator; Ian Anderson, do Jethro Tull; Paul Rodgers… esse tipo de gente.

Qual você acredita ser o seu melhor álbum solo e por quê?
De longe, "Chemical Wedding". Foi o que fez mais sucesso, é o mais distinto do que eu faço com o Maiden. É o álbum que mais me orgulha e era justamente o que eu estava ouvindo esta manhã. Eu amo este álbum, os músicos, a guitarra de Roy Z, a produção. Tudo muito bom.

Que bandas novas você ouve?
Bem, eu estou muito feliz porque meu filho está em uma banda chamada Rise to Remain, que está prestes a assinar com uma gravadora para gravar seu primeiro álbum. Lembre-se: Rise to Remain!

Uma mensagem para os fãs do Peru...
Nós não podemos esperar para voltar ao Peru. Queremos ver um estádio cheio e muitos peruanos 'loucos' pulando para cima e para baixo. Vai ser muito emocionante. Vejo vocês em breve...

Fonte: El Comercio