Thunderstick: Entrevista com o ex-baterista do Maiden

Tendo tocado no Iron Maiden de 1977 a 1978, Barry Purkis não conheceu a fama com a banda, mas viveu trocas de formação e experiências ao vivo, incluindo a elaboração de "The Ides of March", futuramente aproveitada no álbum Killers (Iron Maiden). Saindo de uma fase em que as coisas não andavam bem, Barry trocou de lugar com Clive Burr e assumiu as baquetas no então trio Samson, passsando a se chamar Thunderstick, o baterista mascarado que encontrava sua fama por vezes dentro de uma jaula, no meio do palco! Precisando de um vocalista, o Samson chamou Bruce Dickinson e formou-se então o mais clássico line-up da banda, rendendo três álbuns de estúdio. Em 1981, Barry saiu e se envolveu com alguns pequenos grupos, até tocar na banda do amigo Bernie Tormé, o Electric Gypsies. Neste tempo, Barry já procurava montar sua própria banda, e em agosto de 1982 seu projeto solo tocou pela primeira vez no Marquee Club, com muita da teatralidade típica dos anos 80 e uma pitada gótica. Em 1983 lançou seu primeiro EP, Feel Like Rock n' Roll, e em 1984 o primeiro e único álbum, Beauty and the Beasts. Sentindo-se desatualizada com o cenário musical, a banda terminou de vez em 1988 e Barry voltou para um reformado Samson.

Recentemente Barry Purkis e o produtor Rob Grain terminaram de remixar as faixas do EP e do LP do Thunderstick para que sejam lançados neste ano em formato digital. Ricardo Lira do Blog Consultoria do Rock entrevistou o lendário baterista, que falou sobre sua carreira desde os dias atuais até o tempo em que Barry tocou no Iron Maiden, revelando algumas boas surpresas! Confira um trecho da entrevista:

CONSULTORIA DO ROCK: Barry, no DVD "The Early Days", Steve Harris disse que você tocou seu primeiro e único show com o Iron Maiden. Eu sei que você tocou alguns mais e bons shows com a banda. Então me permita perguntar sobre esses bons tempos. Quantos shows você tocou com o Maiden e como era uma apresentação da banda naqueles tempos? Cite as melhores memórias dessa época, se desejar.

Barry Purkis: Meu tempo com o Maiden, com o benefício da retrospectiva, foi relativamente curto quando comparado ao de outros membros. Entretanto, sim, fizemos um punhado de shows. O show do Maiden naquela época já tinha uma boa energia ao vivo, como é hoje, com as teatralidades no final, vindas do vocalista, que "cortaria a boca aberta" com um espadim e cuspiria sangue (à la Gene Simmons), durante a música "Iron Maiden". Minhas memórias de tocar com a banda são amigáveis, como do estilo do baixo de Steve e meu estilo de bateria se encaixando bem juntos. Também a vez quando tivemos todo nosso equipamento roubado de dentro do caminhão da banda – passando algumas noites dirigindo pelo East End de Londres, tentando encontrá-lo. Eventualmente a polícia o encontraria, e o equipamento e a van foram retornados.

O Iron Maiden com o qual estive envolvido foi um grupo formulando suas idéias e direção muito diferente da banda reconhecida de hoje. A inclusão de teclados na formação como um instrumento principal, mostra isso. Na época éramos apenas outra banda batalhando contra a competição. Steve vinha pra minha casa e nós ensaiávamos o baixo e as partes de bateria. Havia um pouco daquela coisa do ir e vir de integrantes. Para mim, isso era um caso de "trabalho em progresso". Eu não recordo de nada que fiz com eles como sendo extraordinário, apenas uma continuação de ser um músico coerente.

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Entrevista com o baterista Thunderstick, ex-Samson e Iron Maiden